Esfinge sem segredo
por países tão longe e além
da alma, eu vou,
esfinge sem regresso nem segredo.
como um marinheiro ferido,
raso dos silêncios
que a âncora tem para a certeza,
vou cristalizado, ó atlântida,
rumo à tua ausência
ser sempre aqui.
a carne amarga, a mão de febre,
a voz alta, a maré muda,
vou e pergunto e vou,
mareando sobre estrelas
e naufragando em cada mapa.
vou, até que a nau se faça ilha,
até que a dúvida esteja certa.
João de Mancelos
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