Haja o que houver
Há na relação do meu pai e da minha mãe algo incrível. Um sentimento intenso de quem se conhece já há muito. Uma ligação profunda de quem já superou muitas batalhas.
Deve ser o magnifíco sentimento da partilha. Aquele que lhes permite serem eles próprios um com outro. Sem receios.
Quando se preparam para uma batalha, costumam dizer um ao outro: Haja o que houver. Eles não sabem, mas eu oiço.
E fico verdadeiramente feliz, por sentir que ali há amor.
No outro dia, ouvi o pai repetir a frase à minha mãe. Invadi aquele bocadinho. Fiquei a escutá-los do cimo das escadas, com um grande sorriso nos lábios.
Nos dias em que não acredito no amor, penso nestes momentos, e um misto de alegria e esperança invade o meu pequeno coração.
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