E agora?
Foi mais um dia negro para a democracia, em especial a europeia.
Não há muito a disser. Houve um ataque terrorista, morreram pessoas, destruiram - se vidas.
Agora as televisões vão fazer directos, promover debates, os políticos vão apresentar propostas, e durante uns tempos todos vão adorar ser espanhóis.
Quando acabarem os clips emotivos nas televisões vão ficar muitos problemas.
1- Quem é o autor do atentado? A ETA que estaria quase acabada, segundo o governo espanhol aqui há uns meses? Ou uma organização mundial, poderosa e enraivecida contra os inimigos "ocupantes"?
A Europol não acredita na tese da ETA. O modus operandi não é o mesmo, e considera que não tem capacidades para tal. Ao governo espanhol de extrema - direita convém dizer o contrário.
Apesar de me inclinar mais para a a hipótese da Europol, preferia acreditar em Aznar. Caso contrário, os atentados estão cada vez mais perto de nós. Nós, apoiantes da guerra e ocupantes do Iraque.
2- Se a versão de Aznar se confirmar, o assunto continua delicado para a Espanha. A questão das autonomias não acabou como antes afirmava o mesmo governo que hoje diz o contrário. Aí das duas uma: ou negoceiam com terroristas, ou vamos ter mais episódios destes. Uma vez que, me parece difícil (para não dizer impossível) que consigam pôr fim à organização. Dado que, já tinham considerado que praticamente não existia.
3- O terrorismo não parou.
Não parou com guerras. Não parou com as preseguissões a grupos organizados. Não parou!
E agora? Quem são as próximas vítimas?
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