J.
Ainda em lembro do que senti naquele momento.
Guardo na minha memória a imagem do nosso reencontro. Subimos as escadas quase a correr, ansisosas por ter ver num novo papel. Quando chegámos à porta tivemos medo de entrar. Não sabíamos se podíamos. Lá no fundo não tínhamos certeza do que íamos encontrar.
Tomámos coragem e entrámos. À medida que passávamos pelo corredor, espreitávamos todas as portas para ver onde estavas. (não te víamos e isso deixáva-nos ainda mais ansiosas)
Mas, era por detrás da última porta que estavas. Chegámos lá por instinto.
O coração ficou a bater mais depressa. Pensámos o mesmo. Em silêncio.
Eu fiquei mais atrás. A A. entrou viu-te, e entrou primeiro. Eu continuei atrás. Parada. Quieta. Com o pensamento a ser visitado por memórias felizes, de dias não tão distantes.
Do canto onde estava, via a A., via-te a ti. Lembrava-me de nós todas. E pensava como é que viemos parar aqui?
Aquele era o ponto de não retorno das personagens das nossas vidas. Distante, porém, das histórias que escrevemos um dia.
Ficou claro para mim, o caminho que tínhamos traçado. Até pelas ausências.
Tenho saudades. Gostava de estar mais perto.
No meio da escuridão, durante a noite de passagem do ano, foi esta a minha primeira imagem no Ano de 2005.
Para A. J. D. A.
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