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Poema para uma ideia de tempo
Sabes do peso das folhas
quando caem
no Outono
Sabes das cinzas
que sobem pelo céu
da boca do vulcão que acordou
Tens a pintura dos anos
No corpo que envelhece
Todo o teu corpo
Entre a vida e a morte
Entre o início e o fim
Entre marMundoUniverso
Sabes do Big-Bang
e do espaço que se expande
Sabes de uma teoria
e de buracos negros
e cordas
Sabes da areia que se esvai no diminuto aperto da ampulheta
Sabes do ritmo da música
e de ondas que andam os oceanos
O evaporar do poema
A história Dos homens
De nascimentos, mulheres
Paixões que se imortalizam em deixas de teatro
Ódios, que criam guerras
Que criam lágrimas
Nos olhos do soldado que é abatido na trincheira
em mil novecentos e dezassete
Sabes também que a tua voz é como uma folha de Outono
E que um poema tem apenas a eternidade dos olhos de quem o lê.
Pedro de Mendoza
PS: Gostei mesmo!
2 Comments:
eu agradeço, :)
é bonito mesmo!
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