A fragilidade humana
Nos últimos dias país foi invadido pela morte. Ou melhor, o país e o mundo, como diria Rodrigo Guedes de Carvalho, já que também morreu Ray Charles.
Num dia um homem de 61 anos tem o mesmo destino que teve, há poucos meses atrás, um jovem de 24 anos. Sucumbiu para a morte depois de uma campanha eleitoral, onde surpreendeu por esbanjar vigor físico. E todos vimos como é ténue a fronteira...
No dia a seguir, outro homem não resistiu à doença. A um cancro que o acompanha há vários meses, mas que não o impediu de continuar a travar as batalhas de sempre, ainda que em silêncio fosse perdendo a derradeira guerra.
Com Sousa Franco o choque vem da rapidez com que a morte o atingiu, como se fosse uma bala. Nunca a velha frase popular «num momento estamos vivos e no outro a seguir estamos mortos» fez tanto sentido.
Com Lino de Carvalho a surpresa vem do conhecimento da doença. Nunca imaginei que enquato dava voz à luta dos trabalhadores da Bombardier contra o encerramento da fábrica, lutasse também pela própria vida.
Normalmente só nos apercebemos do valor da vida, quando «presenciamos» a morte. Só por breves instantes nos apercebemos do quanto devemos aproveitar a vida. Depois desses instantes esse sentimento passa, mas por agora é o que fica.
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