A Lírica Mínima do Amor
Este poema veio de um vizinho.
Aqui ficam as palavras de quem o enviou: «É fabuloso, digo eu. Pela simplicidade, pela frescura e pelo travo a adolescência».
É raro, o Amor,
como pirilampos ou chuvas
em tectos de Verão.
É a secura última
no gosto das amoras,
é um tremente olhar
à sombra de outro olhar.
E mais insustentável
será,
um lago que se agita nas mãos,
e sabe a lume de criança.
E o Amor és tu. E tu és breve.
E há quem rumo à noite
de ti se baste e sonhe,
até à fundura da solidão.
É raro, o Amor. É
apenas esse nome teu
que em meus lábios treme
e floresce.
João de Mancelos
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