Coisas de miúda

"E pra começar eu só vou gostar De quem gosta de mim" Caetano Veloso

segunda-feira, maio 31, 2004

Protesto!

DIA 2 DE JUNHO NÃO METAM GASÓLEO NEM GASOLINA



Vamos fazer um boicote às gasolineiras para dia 2 de JUNHO
ninguém DEVE meter um litro de combustivel...

Se não pusermos mão nisto agora nunca mais meteremos!!!

Por favor ajudem a espalhar esta msg por mail, sms, folhetos nos
cafés e nas ruas e perto dos postos de combustivel como eu vou fazer!!!

Vamo-nos unir uma vez e deixar de lado este COMODISMO k já irrita!!!
Somos nós k mandamos no País!!! Sem nós o País não anda!!!

Se pelo menos 50% dos Portugueses aderirem no dia 2 DE JUNHO será
uma quebra muito grande, e com uma ameaça de um novo futuro boicote as
gasolineiras até
tremem!!!!!!

Façam Copy Paste desta msg e enviem por mail e sms e escrevam
Folhetos a dizer:
DIA 2 DE JUNHO NÃO METAM COMBUSTIVEL!!!
Vamo-nos unir!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, maio 30, 2004

Desafio

Queridos leitores,

Faço-vos um desafio: enviem-me histórias (reais ou ficcionadas) sobre o amor.
As melhores serão publicadas neste blog.

Vou passar a lançar desafios (com temas diferentes) todos os meses. Espero que os apanhem!

Enviem para o mail:coisasdemiuda@hotmail.com


Beijos,
Carolina

Sei que estás aí

Sei que estás aí. Sinto-o.

Sei que sabes, que ainda hoje, continuas no meu pensamento e no meu coração.

Sei que sabes que és a memória dos meus tempos mais felizes.
Sei que sabes que foste a minha maior perda.

Sei que sabes, mesmo não falando directamente em ti, que estás nas nossas conversas.
Sei que sabes que marcaste a minha vida.


Sei que sabes que tenho saudades...

Saudade

Saudade é uma palavra que não existe.
Saudade é uma lágrima sentida.

Saudade é voltar às origens.
Saudade é viver, em pensamento, a ilusão do passado.

Saudade é o mar das nossas lembranças.
Saudade é a memória dos tempos mais felizes e puros.

Saudade é o que, muitas vezes, nos separa da felicidade.
Saudade é o sentimento nostálgico lusitano.

Saudade é querer voltar atrás. E voltar a viver outra vez, o que há muito já passou.

Saudade é a fronteira sentimental que nos separa...

sábado, maio 29, 2004

SONHO

Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,



Minha alma não tem alma.



Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.



Não tenho ser nem lei.



Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,

Coração de ninguém.

Fernando Pessoa

Perdi-te

Perdi-te sem algum dia te ter realmente encontrado.

Mas, sim lá no fundo continuo a acreditar. Mesmo não parecendo continuo a acreditar.

No jogo de cruzamentos que é a vida, julguei por alguns momentos ser eu a ...

E foi assim que a ilusão acabou.

sexta-feira, maio 28, 2004

O melhor post do ano!

Tenho muita pena amigos bloggers. Mas o melhor post do ano é o do meu Blogbrother. O post que ele fez sobre o governo está demais. Vejam.

Eu entrevistei...

- Odete Santos (no Parlamento)

- Urbano Tavares Rodrigues

- António Granado

Assim que puder publico aqui as entrevistas.

terça-feira, maio 25, 2004

Mensagem à Poesia

Não posso
Não é possível
Digam-lhe que é totalmente impossível
Agora não pode ser
É impossível
Não posso.

Digam-lhe que estou tristíssimo, mas não posso ir esta noite ao
seu encontro.
Contem-lhe que há milhões de corpos a enterrar
Muitas cidades a reerguer, muita pobreza pelo mundo
Contem-lhe que há uma criança chorando em alguma parte
do mundo
E as mulheres estão ficando loucas, e há legiões delas carpindo
A saudade de seus homens: contem-lhe que há um vácuo
Nos olhos dos párias, e sua magreza é extrema: contem-lhe
Que a vergonha, a desonra, o suicídio, rondam os lares, e é
preciso reconquistar a vida
Façam-lhe ver que é preciso eu estar alerta, voltado para todos os
caminhos
Pronto a socorrer, a amar, a mentir, a morrer se for preciso
Ponderem-lhe com cuidado - não a magoem... que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe; é porque há um herói num
cárcere
Há um lavrador que foi agredido, há uma poça de sangue numa
praça.
Contem-lhe, bem em segredo, que eu devo estar prestes, que meus
Ombros não se devem curvar, que meus olhos não se devem
Deixar intimidar, que eu levo nas costas a desgraça dos homens
E não é o momento de parar agora; digam-lhe, no entanto
Que sofro muito, mas não posso mostrar meu sofrimento aos
Homens perplexos; digam-lhe que me foi dada
A terrível participação, e que possivelmente
Deverei enganar, fingir, falar com palavras alheias
Porque sei que há, longínqua, a claridade de uma aurora.
Se ela não compreender, oh, procurem convencê-la
Desse invencível dever que é o meu; mas digam-lhe
Que, no fundo, tudo o que estou dando é dela, e que me
Dói ter de despojá-la assim, neste poema; que por outro lado
Não devo usá-la em seu mistério: a hora é de esclarecimento
Nem debruçar-me sobre mim quando a meu lado
Há fome e mentira; e um pranto de criança sozinha numa
estrada
Junto a um cadáver de mãe; digam-lhe que há
Um náufrago no meio do oceano, um tirano no poder, um homem
Arrependido; digam-lhe que há uma casa vazia
Com um relógio batendo horas; digam-lhe que há um grande
Aumento de abismos na terra, há súplicas, há vociferações
Há fantasmas que me visitam de noite
E que me cumpre receber; contem a ela da minha certeza
No amanhã
Que sinto um sorriso no rosto invisível da noite
Vivo em tensão ante a expectativa do milagre; por isso
Peçam-lhe que tenha paciência, que não me chame agora
Com a sua voz de sombra; que não me faça sentir covarde
De ter de abandoná-la neste instante, em sua incomensurável
Solidão: peçam-lhe, oh peçam-lhe que se cale
Por um momento, que não me chame
Porque não posso ir
Não posso ir
Não posso.

Mas não a traí. Em meu coração
Vive a sua imagem pertencida, e nada direi que possa
Envergonhá-la. A minha ausência
É também um sortilégio
Do seu amor por mim. Vivo do desejo de revê-la
Num mundo em paz: Minha paixão de homem
Resta comigo; minha solidão resta comigo; minha
Loucura resta comigo. Talvez eu deva
Morrer sem vê-la mais, sem sentir mais
O gosto de suas lágrimas, olhá-la correr
Livre e nua nas praias e nos céus
E nas ruas da minha insônia. Digam-lhe que é esse
O meu martírio; que às vezes
Pesa-me sobre a cabeça o tampo da eternidade e as poderosas
Forças da tragédia abatem-se sobre mim, e me impelem para a treva
Mas que eu devo resistir, que é preciso...
Mas que a amo com toda a pureza da minha passada adolescência
Com toda a violência das antigas horas de contemplação extática
Num amor cheio de renúncia. Oh, peçam a ela
Que me perdoe, ao seu triste e inconstante amigo
A que foi dado se perder de amor pelo seu semelhante
A que foi dado se perder de amor por uma pequena casa
Por um jardim de frente, por uma menininha de vermelho
A quem foi dado se perder de amor pelo direito
De todos terem uma pequena casa, um jardim de frente
E uma menininha de vermelho; e se perdendo
Ser-lhe doce perder-se...
Por isso convençam a ela, expliquem-lhe que é terrível
Peçam-lhe de joelhos que não me esqueça, que me ame
Que me espere, porque sou eu, apenas seu; mas que agora
É mais forte do que eu, não posso ir,
Não é possível
Me é totalmente impossível
Não pode ser não
É impossível
Não posso.


Vinicius de Moraes


Uma amiga, que fiz a partir deste espaço, enviou-me este bonito poema. Atravessou o oceano para chegar a esta janela. E trouxe uma mensagem de esperança.

segunda-feira, maio 24, 2004

Estupidologia FM

Existem muitos blogs que deram origem a livros, como o Meu Pipi, por exemplo.

Mas a estupidologia.blogspot.com é o primeiro blog a dar origem a um programa de rádio.
A ideia surgiu para o trabalho final da cadeira atelier de rádio. E os apresentadores do programa, o Tiago (do blog ava adore), o Pedro, e o António, representaram o papel de animadores na perfeição.

Parabéns meninos. Tenho a certeza que para o ano o vosso trabalho vai ser mostrado aos alunos como exemplo. E assim fazer companhia a outros grandes programas: a estrela do polar (feito pelo professor Jorge Fiães), o inspector sardinha (feito pelo professor Miguel Martins), e o inspector ervilha.


PS: Rapazes - estou muito orgulhosa de vocês! Fizeram um óptimo trabalho!

Miss Esperteza

I
Serrão: Menina, diga-me lá, quem é que escreveu os Maias?
Menina: Essa eu sei, foi o........o.....
Serrão: Quem?
Menina: Virgílio Castelo!
II
Vítor Nobre: Olha, querida, diz-me lá como é que os portugueses, nos descobrimentos, foram para o Brasil?
Querida: Olha... foram de barco!
Vítor Nobre: ( a gozar) De barco?!
Querida:...ãnnn....hummm, quer dizer, eu acho que sim....
Vítor Nobre: Se calhar não foram de barco....
Querida: Ah! Então foram de animais!
III
Serrão: Ó esperta! Que animal é que estava no labirinto: o adamastor, o minotauro ou o abominável homem das neves?
Esperta: Então.... eu acho que foi o Adamastor!
Serrão: Ai acha que foi o adamastor?! sim senhor, lindo serviço!
Esperta: Oh ! Então se não foi o adamastor, foi o outro, o Minossauro.
IV
Xanão: Ouve lá, ó riqueza, onde é que foi feito o desembarque no dia D?
Riqueza: Na Torre de Belém.



domingo, maio 23, 2004

Nojo real

Tenho andado para fazer um post sobre o casamento real, mas faltou-me a pachorra.

Em primerio lugar, quero dizer que considero a monarquia o sistema mais patético à face da terra.
Em segundo lugar, acho que ainda não se percebeu, mas Portugal não é Espanha!

Não fiquei surpreendida com o show-off dos canais privados. O que me deixou de boca aberta, foi mesmo a transmissão em directo da boda real por parte do serviço público de televisão.

E como não tenho paciência para falar mais sobre este assunto de tanga, recomendo dois posts: um no 7meses, e outro na Santa Terrinha.

sábado, maio 22, 2004

Camaradas

Foi no calor da juventude que ficámos grandes amigos. Tornámo-nos próximos durante os tempos da madrugada fria. Uma madrugada cruel e totalitária, que só a partlha de grandes ideais pode tornar mais quente.

Depois seguiu-se a guerra. À guerra sucedeu a luta. A luta por um país melhor, que ficou esquecido nas gavetas dos grandes generais.
Aconteceu então a separação. E passámos a ficar divididos por fronteiras. Eu tinha a ditadura, tu respiravas a liberdade.
E como sempre continuámos as nossas trocas. Como faziamos nos tempos de crianças. Eu mal conseguia respirar, e tu enviavas-me o ar livre que respiravas.

No fim da luta veio a vitória. Mas não a final. E foi depois da Revolução que revolucionámos as nossas vidas. Tornando-as um eterno Verão.

Um dia tu partiste. Assim.
Primeiro chorámos. Depois emprestámos ombros.

Ainda hoje a memória nos aproxima.

Mas faltas tu, camarada! E fazes tanta falta.





Este post é dedicado a P. e T.Z.








De olhos fechados

Já há muito que não estava assim. Sozinha, com tempo para mim mesma.
Acordei sem despertador. Fiz "preguiça" na cama, e levantei-me lentamente, sem olhar para as horas do relógio.

Calmamente pensei no dia complicado que tinha pela frente. Ordenei ideias, e decidi que aquela manhã era minha.
Pus Elis Regina a tocar, e demorei horas no banho.

Enquanto isso, aproveitei para fechar os olhos e pensar...

Aquele que partiu

Aquele que partiu
Precedendo os próprios passos como um jovem morto
Deixou-nos a esperança.

Ele não ficou connosco
Destruir com amargas mãos seu próprio rosto
Intacta é a sua ausência
Como a estátua de um deus
Poupada pelos invasores de uma cidade em ruínas

Ele não ficou para assistir
À morte da verdade e à vitória do tempo

Que ao longe
Na mais longínqua praia
Onde só haja sal e vento
Ele se perca tendo-se cumprido
Segundo a lei do seu próprio pensamento

E que ninguém repita o seu nome proibido.

Sophia de Mello Breyner Anderssen

Às vezes vemos as vitórias do alto...

Sugestões da Semana IV

(por falta de tempo a semana passada não teve direito a sugestões)


Dança:
No palco da Culturgest, em Lisboa,um espectáculo aborda os dramas da Sida, dos abusos sexuais e do machismo na África do Sul, numa coreografia/instalação do sul-africano Boyzie Cekwanauma.

O maior espactáculo dos livros: A Feira do livro de Lisboa não precisa de adjectivação. OBRIGATÓRIO IR!

Uma peça:Um texto de Nuno Artur Silva e Nuno Costa Santos (das Produções Fictícias),e música de Sérgio Godinho. Portugal uma comédia Musical retrata a ambição de muitos jovens e o fascínio pela fama através da história de Tozé, um rapaz das Beiras que vem para Lisboa para se tornar famoso.

Um filme:O Mistério do Quarto Amarelo" é um clássico dos policiais franceses. O jovem repórter Joseph Rouletabille, tenta descobrir quem tentou assassinar Mathilde, a filha do célebre professor Stangerson.

Um livro:Pedro lembrando Inês, de Nuno Júdice.
É um livro onde a ternura e a saudade vão de braço dado com o ritmo dos versos; é um livro que nos mostra como a poesia é vida, paixão ou, simplesmente, a naturalidade de um gesto.

Uma coluna: Augusto Santos Silva aos sábados no Público.

Um cd: Rendez vous de Jane Birkin.

Retrato do Poeta Quando Jovem

Há na memória um rio onde navegam

Os barcos da infância, em arcadas

De ramos inquietos que despregam

Sobre as águas as folhas recurvadas.



Há um bater de remos compassado

No silêncio da lisa madrugada,

Ondas brancas se afastam para o lado

Com o rumor da seda amarrotada.



Há um nascer do sol no sítio exacto,

À hora que mais conta duma vida,

Um acordar dos olhos e do tacto,

Um ansiar de sede inextinguida.



Há um retrato de água e de quebranto

Que do fundo rompeu desta memória,

E tudo quanto é rio abre no canto

Que conta do retrato a velha história.


José Saramago

Quando as portas se abrirem...

Quando as portas se abrirem, vai-se dar o encontro da vida com a dignidade.
Os abraços vão multiplicar-se. A alegria vai ser maior que tudo. As lágrimas vão ser recompensadas.

Quando as portas se abrirem, vai começar uma nova etapa. Nada será igual. Tudo é diferente.

Quando as portas se abrirem, vão perceber que há barreiras que o amor ultrapassa.



Para os 5, e muitos mais.

quinta-feira, maio 20, 2004

Regresso ao passado

Voltamos ao passado, muitas vezes nem que seja em pensamento. Lembramo-nos dos lugares, onde inocentes, fomos felizes.
Os lugares são especiais pelas memórias a eles associadas. E assim tornam-se únicos.
Recordamos as pessoas e os sentimentos, através desses lugares especiais e únicos. E por momentos, vivemos dias passados.
É aí que está o princípio de todas as coisas, o princípio da felicidade. Onde vive, o mito do retorno.

Assim que passamos a porta do tempo, percebemos porque guardamos a melhor e mais pura das memórias.





terça-feira, maio 18, 2004

O País real

RESPONDE O GRAVADOR DO HOSPÍCIO

Obrigado por ter ligado ao Instituto de saúde mental a companhia
mais certa para seus momentos de maior loucura.
Se você é obsessivo-compulsivo, aperte repetidamente o numero 1
Se você é co-dependente, peça a alguém que aperte o numero 2 por
você
Se você tem múltipla personalidade, aperte 3,4,5 e 6
Se você é paranóico, nós sabemos quem é você, o que você faz, e o
que quer, espere na linha enquanto rastreamos sua chamada.
Se você sofre de alucinações, aperte o 7 nesse telefone colorido
gigante que você ( e só você) vê a sua direita.
Se você é esquizofrênico, escute cuidadosamente e uma pequena voz
interior lhe indicará o número a pressionar.
Se você é depressivo, não importa que número aperte. Nada vai lhe
tirar de sua lamentável situação.
Se você sofre de amnésia, aperte 8 e diga em voz alta seu nome,
endereço, telefone, carteira de identidade, CPF, data de
nascimento, estado civil, o sobrenome de solteira de sua mãe e de
Josefina Bonaparte.
Se você sofre de indecisão, deixe sua mensagem depois de escutar o
tom..... ou antes do tom......ou depois do tom........ou durante o
tom. Em todo o caso espere pelo tom.
Se você sofre de perda de memória a curto prazo aperte 9.
Se você sofre de perda de memória a curto prazo aperte 9. Se você
sofre de perda de memória a curtíssimo prazo aperte 9. Se você
sofre de perda de memória a curtíssimo prazo aperte 9.
Se você sofre de perda de memória a curtíssimo prazo aperte
9,9,9,9,9,9,9,9,9.
Se você tem baixa auto-estima, por favor desligue. Todos os nossos
operadores estão ocupados atendendo pessoas mais importantes que
você.
Se VOCÊ votou no DURÃO .....dane-se.... desligue e espere até
2006....aqui atendemos a loucos e não a imbecis!!!! Obrigado.

Santa Terrinha

Obrigada!
Muito obrigada!

Compromisso

Este blog está hoje de Parabéns! Faz seis meses de vida!

Para muitos casais significa um compromisso, uma aliança no dedo.
Mas, nós os dois (eu e o blog) já estamos comprometidos há mais tempo.

segunda-feira, maio 17, 2004

Loucura!

Passaram 8 anos desde que eu fui pela última vez à janela gritar e fazer figura de louca.
Loucura é mesmo a melhor maneira de adjectivar a vitória de um título. A loucura de abraçar toda a gente, a loucura de gritar na rua o primeiro disparate, a loucura de pular como se se pretendesse chegar ao céu quando um golo é marcado, a loucura de levantar o cachecol a todos os segundos com medo que o resultado se modifique, a loucura de se ganhar e se pensar que nada é melhor do que o momento da vitória.

Vou continuar louca, como tenho andado nos últimos anos, sempre à espera que o próximo jogo seja a próxima vitória.


PS: Posts a destacar: 7MESES; ESTUPIDOLOGIA; SANTA TERRINHA

Allez Benfica!

Já há muito que não gritava assim...

domingo, maio 16, 2004

Inspiração

Estava a tentar fazer um post. Apaguei e voltei a apagá-lo pelo menos 5 vezes.
Vou acabar por não escrevê-lo hoje. (Contarei noutro dia o meu regresso ao passado).

Ultimamente tem-me faltado a inspiração. Não sei porquê.

Tenho de ir até dentro de mim buscá-la.



PS: Estou como o Jonas, também ando numa de poesia.

O que é o sexo, afinal?

Segundo os médicos é uma doença, porque acaba sempre na cama. Segundo os advogados é uma injustiça, porque há sempre um que fica por baixo.
Segundo os alentejanos é uma máquina perfeita, porque é a única em que se trabalha deitado.
Segundo os arquitectos é um erro de projecto, porque a área de lazer fica muito próxima da area de saneamento.
Segundo os políticos é um acto de democracia perfeito, porque todos gozam independentemente da posição.
Segundo os economistas é um efeito perverso, porque entra mais do que sai.Às vezes, nem se sabe bem o que é activo, passivo, ou se há valor acrescentado.
Segundo os contabilistas é um exercício perfeito: entra o bruto, faz-se o balanço, tira-se o bruto e fica o líquido. Em alguns casos, pode ainda gerar dividendos.
Segundo os matemáticos é uma equação perfeita. A mulher coloca a unidade entre parênteses, eleva o membro à potência máxima e extrai-lhe o produto, reduzindo-o à sua mínima expressão.
Segundo os psicólogos, é fodido de explicar...


Para quem sente as palavras

" Andará de casa em casa, de hotel em hotel, mudará o nome, mudará o rosto, deixará crescer o bigode, usará óculos sem lentes, um passaporte para os hóteis, outro para viajar, em cada novo documento um nome e uma profissão diferente, está clandestino dentro de si mesmo, perdeu os sítios, as referências, a identidade.
É ele e já não é, não usa o nome próprio, tem quatro ou cinco pseudónimos que são um outro ou outros, heterónimos do desaparecido que traz dentro de si, ora é francês, ora espanhol, ora argelino, ele é sozinho, não propriamente, como queria o outro, uma literatura, mas uma nova brigada internacional."

Manuel Alegre (o nosso amigo Alegre)

sexta-feira, maio 14, 2004

Coisa Amar

Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.

Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi

desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.


Manuel Alegre

quarta-feira, maio 12, 2004

Calma!

Cheguei a este universo e vi que andava tudo em polvorosa.
Primeiro foi no 7meses mas, minutos depois li a mesma notícia noutros blogs.
O expresso on-line diz que a ANACOM quer acabar com os blogs, por estes serem espaços de difamação!(Por acaso até me lembro de um jornal reputado que adora difamar pessoas...adiante...)
Mas... afinal é mais uma notícia do Expresso, ou seja, a credibilidade não é assim muita. Parece que é igual aquela manchete que dizia que o Alberto João Jardim vinha para a Assembleia da República...

Vejam o ponto media que está lá tudo.

23 mil contos...

A Daniela enviou-me isto por e-mail. Leiam que vale a pena

23 mil contos! Qualquer coisa como 115 mil euros.
Foi este o preço que a Câmara de Lisboa deu para o carro do seu presidente Pedro Santana Lopes.
Um Audi idêntico ao do Presidente da República.
Como é possível tamanha machadada à população portuguesa a quem é solicitado sacrifícios.
Não é justo!
Não é honesto!
Não está correcto!
São episódios destes que vão revelando o carácter das personalidades políticas deste nosso país.
Ninguém pede que o Presidente da Câmara se faça transportar num Fiat Punto ou num Renault Clio.
MAS 23 MIL CONTOS!!!!!????
NOS DIAS QUE CORREM!
Na amargura em que vive o Povo Português????!!!!
Não lhe chega um carro de 5 mil contos? 10 mil contos? Bastante acima da miséria humana que desgraça este país de só 10.000.000?...
Realmente faz falta uma nova geração de políticos. Que respeite quem trabalhou uma vida inteira e tenha uma reforma de miséria.

Acorda Portugal!!!

terça-feira, maio 11, 2004

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.


Pablo Neruda

Ausência II

Os útimos dias têm sido uma correria. Trabalho, trabalho, trabalho. Faculdade, faculdade, faculdade.
Começam bem cedo e não têm propriamente um fim... Prolongam-se durante a noite. O cansaço atinge-me como uma bala. E o tempo concentra-se apenas nos trabalhos.
Os que estão à minha volta têm dado por isso. Têm sentido a minha falta, e eu a deles.

Mas, estes dias têm também sido uma tortura - a falta de blog. Tem sido complicado utilizar o computador "apenas" para trabalhar.
E neste tempo todo (que parece uma eternidade), tenho sentido saudades dos meus dias antigos. Da minha rotina. De chegar a casa e passar pelos blogs. Ler pensamentos.
Tenho sentido falta da "ilusintimidade" ilusão-da-intimidade-de-nos-lermos (não fui eu que inventei o conceito). A sério.
Como tempo não perdoa, sinto-me velha ao ver as novidades do blogger, as novidades do 7meses, agora muito diferente...

Não me alongo (tenho centenas de mails a responder, a vida tem destas coisas.
Agora estou de volta.

domingo, maio 09, 2004

As Sem-Razões do Amor

"Eu te amo porque te amo
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.


Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor."


Carlos Drummond de Andrade


A Drummond de Andrade

"Velho Drummond se te tivera

Junto de mim a esta hora

em que o silêncio é uma ordem

e a solidão longa espera

Tu me prestaras teu verbo

ou tua mão estendida

cheia dessa humanidade

que alguma vez pressentira

se alguma vez entendera

como agora



Lembras-te Drummond amigo

num território macabro

É como levares contigo

Um filho desnaturado."


Zeca Afonso

Ausência

Se este blog tivesse um buraco eu escondia-me lá dentro com vergonha de não escrever aqui desde dia 5.

A minha vida tem andado um bocado complicada. Toda a gente se tem queixado que eu ando uma desnaturada. E têm razão. Mas a vida é mesmo assim.

Agora já estou de volta, vou responder aos mails assim que puder.

quarta-feira, maio 05, 2004

ROCK IN RIO

A A. Rodrigues enviou-me isto por mail:

Um erro de interpretação levou Pinto da Costa a comprar seis mil

bilhetes para o festival de música Rock in Rio, convencido de que se
Tratava de uma sessão de apedrejamento público a Rui Rio, presidente
da Câmara Municipal do Porto!
A confusão reside na tradução literal de Rock in Rio, que é
"pedra
no rio". O erro também se deveu ao facto de Pinto da Costa não ter
conseguido obter a opinião da sua habitual conselheira para assuntos
mediáticos, Maria Elisa, que estava incontactável em Londres, onde
exerce actualmente funções de adida de imprensa na embaixada
portuguesa.
Foi a própria organização do Rock in Rio que percebeu que alguma

coisa estava errada quando receberam o telefonema de um funcionário
do clube azul e branco perguntando "quantos calhaus é que cada pessoa
podia levar para o recinto".


PS: Obrigada pelos risos!

segunda-feira, maio 03, 2004

Mudámos de Bandeira

Andava eu numa pesquisa pela internet quando entro numa galeria de um museu inglês de quadros pintados por Van Gogh. Lá dentro anunciavam orgulhosos: escolha a língua inglês, francês, italiano, ou alemão ... e mais outras 10 línguas.
Por brincadeira acabei por ir ver, pensado que nós estávamos inseridos na categoria das outras 10.
E agora vem o choque, aparecia o país Portugal com a bandeira brasileira! Sim é verdade!

Moral da história: os ingleses não conhecem o país da 8ª maior economia do mundo; não conhecem a bandeira do seu parceiro europeu há mais tempo; e não conhecem as bandeiras do "companheiros" da UE.

Bons ventos de Espanha

Costuma-se dizer que de Espanha "nem bom vento nem bom casamento".
Agora vejam este post no Santa Terrinha (sorry mas tou zangada com o blogger e não consigo fazer links).

Dia da Mãe

A bebé (sim podem gozar) esteve doente e por isso anda a bloggar a estas horas indecentes!
É assim a minha mãe 20 anos depois.

Amo-te muito!

Beijinhos,
Carolina

PS: Aqui está um poema lindo!

sábado, maio 01, 2004

MARÉ ALTA

APRENDE A NADAR COMPANHEIRO
APRENDE A NADAR COMPANHEIRO

QUE A MARÉ SE VAI LEVANTAR
QUE A MARÉ SE VAI LEVANTAR

QUE A LIBERDADE ESTÁ A PASSAR POR AQUI
QUE A LIBERDADE ESTÁ A PASSAR POR AQUI

MARÉ ALTA
MARÉ ALTA
MARÉ ALTA

Sérgio Godinho


Em Maio, Abril está presente.