Coisas de miúda

"E pra começar eu só vou gostar De quem gosta de mim" Caetano Veloso

sexta-feira, dezembro 31, 2004

Desabafo de Ano Novo

Queridos leitores,

Este post não é mais do que um desabafo...

2004 termina já amanhã, e 2005 vai ser um ano especial. Não sei se bom, se mau. Tenho esperança e confiança que bom.
Muita coisa se vai alterar na minha vida em 2005. E o que me chateia é não saber ao certo o que vai mudar.
(mas este assunto fica para um outro post)

Há que ser positivo e ver 2005 como um ano de incríveis potencialidades.

Sei que não se vai concretizar uma Utopia em 2005, mas espero que tenham um bom ano!

Feliz 2005!

quarta-feira, dezembro 29, 2004

1933 - 2004



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"Like guns and cars, cameras are fantasy-machines whose use is addictive. However, despite the extravagances of ordinary language and advertising, they are not lethal. In the hyperbole that markets cars like guns, there is at least this much truth: except in wartime, cars kill more people than guns do. The camera/gun does not kill, so the ominous metaphor seems to be all bluff - like a man's fantasy of having a gun, knife, or tool between his legs." (from On Photography, 1977)

Eu sei que vou te Amar

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Tom Jobim

terça-feira, dezembro 28, 2004

Pobreza Humana

Há uns dias escrevi um post sobre a riqueza humana. Falava de uma pessoa sem tecto, mas com o coração cheio.

No meio da horrível destruição provocada pelo maremoto, não resisti a ficar colada à televisão. Apesar de não querer ver, havia algo que me chamava para as imagens. Eram estas as notícias que eu não queria receber nunca. Aquelas pessoas viviam dias tão distantes dos meus.

Numa reportagem da sic, a jornalistas pergunta a uma turista portuguesa acabada de chegar à Tailândia, se ela não tinha pena de visitar o país naquela altura. A senhora, depois de se gabar que já conhecia o Índico todo, respondeu-lhe: "Tenho pena se as ilhas Phi Phi estiverem muito danificadas, é que queríamos muito tirar lá fotografias."

O que a senhora tem em dinheiro, falta-lhe em valores e solidariedade.

Às vezes é no meio da maior riqueza que se encontra a maior pobreza, a nulidade dos valores.

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Single girls are happy



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"The most exciting, challenging and significant relationship of all is the one you have with yourself. And if you find someone to love the you you love, well, that's just fabulous." -Carrie

Finalmente!



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Passaram o Natal em casa os jornalistas franceses raptados desde Agosto no Iraque. Ainda bem!
Antes das memórias de cativeiro, que certamente virão, fica a lição francesa de como se deve lidar com terroristas, quando eles têm vidas humanas nas mãos.

Carolina

Carolina
Nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei que não vai dar
Seu pranto não vai nada mudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor
Uma rosa nasceu
Todo mundo sambou
Uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu

Carolina
Nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei, vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar
Agora não sei como explicar
Lá fora, amor
Uma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu

Chico Buarque 1967.

Nos meu melhores sonhos (aqueles em que sonho acordada, com o que gostava que acontecesse), gosto de acreditar que o Chico, escreveu esta canção para mim.

Natal Feliz!



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Nestas casa houve um Natal Feliz. Que se estenda a outras casas e se repita!

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Presente de Natal

O meu presente de Natal para quem visita esta janelinha.


Papai Noel irá chegar de camiseta
metido num chinelo e de bermuda jeans.
E surgirão blocos mirins
de suas camas de jornais.
E drag-queens.
Os reis magros do Carnaval de pé no chão.
Os solitários da paixão.
E a multidão vai sambar com a batida dos sinos.
Ali no morro nascerá mais um menino
e no primeiro Sol virão os bentevis.
Num dia de Natal a gente pode ser feliz.

Celso Viáfora

Café Bagdad

Quando me mostraste o filme pela primeira vez, eu fiz ar de enjoada e disse que era estranho porque não tinha cor. Andava demasiado habituada a ver a Bela Adormecida.
Ao contrário de mim, tu nunca reclamavas por ter de ver sempre o mesmo filme.

Tem sido sempre. Tens estado sempre lá. Sem reclamar.
( E eu já te disse que tens de reclamar mais da vida!)

Não há palavras melhores, do que as que o pai escreveu no postal, para te desejar um Feliz Aniversário. Mas, essas palavras, vão ficar em silêncio. Entre nós os três. No meio da nossa pequena unidade.

Tenho orgulho em ser tua filha.
Tenho orgulho que sejas como a Estelle Rolfe no Garbo Talks.

Agora vamos ver o Cafe Bagdad.





Para a minha mãe. Feliz Aniversário!

Noche Buena

Um amigo cubano dizia-me há dias que, em Cuba a noite de Consoada é apelidada de Noche Buena. O nome vem da época do ditador Fulgêncio Baptista, pois aquela era a única noite do ano em que se comia "bem".

Gostei da história. Agrada-me o sabor a Natal Latino que ela oferece. E o calor e riqueza humana associados.
Lembro da primeira vez que pisei solo Castrista. Lembro-me de Hasta Siempre. E imagino-me em Santa Clara a ouvir Pablo Milanés.

Sei que nem todas as casas vão ter uma Noche Buena. Sei que não posso agarrar numa varinha de condão e mudar isso. Sei que vai ser assim.... para sempre?

Abro por isso, esta janela ao Natal Cubano. Onde as noites são repletas de estrelas, e os corações de calor humano.

Rendemo-nos pois à evidência do que realmente importa.

Tenham uma Noche Buena!

terça-feira, dezembro 21, 2004

Ter Saudades

Tenho saudades de quando era miúda e vibrava com qualquer comédia romântica.
Tenho saudades de quando nos ríamos e as gargalhdas de nós as 4 se ouviam na sala inteira.
Tenho saudades de estar sentada na relva da escola a discutir jogos de futebol.

Tenho saudades de quando não tínhamos preocupações.
Tenho saudades de quando nos encontrávamos para comer bolo de bolacha.
Tenho saudades das nossas conversas infantis.

Tenho saudades dos abraços.


Para A. D. J. M. A.

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Lhasa de Sela



posted by Carolina

O concerto dela este mês na Aula Magna, foi muito provavelmente, o melhor concerto da minha vida. Bonitinha esta frase.... lol

Adiante...

Hoje encontrei aqui, este link.

Riqueza Humana

A organização Vida & Paz proporcionou ontem uma refeição quente aos muitos sem-abrigo que "moram" nas ruas de Lisboa.
A meio do directo para a RTP, a jornalista perguntou a um sem-abrigo como ele tinha ido parar às ruas, e se estava a fazer alguma coisa para melhorar de vida.
Ele, um homem novo (na casa dos 30), sem família, tinha sido atirado para aquela vida por causa do alcóol. Respondeu-lhe que era feliz porque tinha amigos, muitos amigos. E que quando arranjava um pão, a primeira coisa que fazia era partilhá-lo com os amigos.

É no meio da miséria que se encontra a maior riqueza humana.

É aí que reside o espírito de partilha e solidariedade... o ano inteiro.

Estado de Espírito XI



posted by Carolina


ALL I WANT FOR CHRISTMAS IS YOU

I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true...
All I want for Christmas
Is you...

I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need
I don't care about presents
Underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy
With a toy on Christmas day
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you...
You baby

I won't ask for much this Christmas
I won't even wish for snow
I'm just gonna keep on waiting
Underneath the mistletoe
I won't make a list and send it
To the North Pole for Saint Nick
I won't even stay awake to
Hear those magic reindeer click
'Cause I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Baby all I want for Christmas is you
You...

All the lights are shining
So brightly everywhere
And the sound of children's
Laughter fills the air
And everyone is singing
I hear those sleigh bells ringing
Santa won't you bring me the one I really need -
won't you please bring my baby to me...

Oh I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just want to see baby
Standing right outside my door
Oh I just want him for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Baby all I want for Christmas is
You...

All I want for Christmas is you baby... (repeat)


Talking about life



posted by Carolina

The Devil: It's like Vegas. You're up, you're down, but in the end the house always wins. Doesn't mean you didn't have fun.

Pedro e o iogurte



posted by Carolina

Ela depois dele. Ele depois dela

Chegaram de braço dado. Ele subiu o pequeno degrau do restaurante. Parou. Deu-lhe a mão. Ela apoiou-se nele e subiu também.

Sentaram-se na mesa, um em frente ao outro. Ele puxou-lhe a cadeira. Ela deu-lhe os sacos de compras para guardar.

Ao lerem a ementa, ela avisava-o, com um ar ternurento, o que ele podia e não podia comer. Enquanto comiam conversavam. Olhavam-se com ar de quem tinha na memória a primeira sensação causada pelo outro.

Não resisti a ouvir-lhes a conversa. Tinham filhos, netos, e bisnetos a caminham. Partilhavam com eles os beijos e os abraços.
Um com o outro partilhavam as melhores memórias.

Fiquei por alguns minutos embevecida a olhá-los. No meio das compras e do consumo desenfreado, encontrei neles um silêncio tranquilo.
Um silêncio de quem um comunica sem falar. De quem um dia namorou no parapeito da janela.

É nestas alturas que nasce em mim uma esperança incrível. A de que anda por aí alguém que nos vai completar.

domingo, dezembro 19, 2004

Quando são os miúdos que nos ensinam

Frase dita por uma pequenina(6 anos) amiga minha:

Eu namoro com ele, mas ele não namora comigo.

sábado, dezembro 18, 2004

Palavras que não cabem num blog

Existem palavras que têm de ser ditas em silêncio. Outras ficam-se pelo pensamento. E há, ainda, aquelas que andam por aí, à solta.

Depois há as mais difíceis de dizer, as que não cabem em blogs, em postais, em telefonemas... Mas, que representam sentimentos.
E são essas que quero que recebas de mim todos os dias.

Lembro-me sempre das palavras que me tens dito ao longo destes 21 breves anos. Sei sempre do que falamos e que nos liga um ao outro.
Sei sempre aquilo que comunicamos, numa linguagem muito nossa, sem falar.

Gostava que soubesses sempre, sem ser preciso dizer palavras, que tenho muito orgulho em ser tua filha.

Tenho tanto orgulho...


PS: Para o meu pai. Parabéns!

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Coisas que não se escrevem emblogs...

Hoje apetecia-me escrever um post sobre um assunto pessoal. Mas decidi não fazê-lo.

Há palavras que são só pensadas em silêncio...

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Ausência forçada

Quando a vida se resume a trabalhos, embrulhos, e laços, não há muito a dizer....

Tenho andado longe do blog.
Os últimos dias não me têm premitido ter tempo para os mais chegados, quanto mais para a minha janelinha...

Tenho tanta coisa para contar.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Vambora

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
P'ra mudar a minha vida
Vem vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas

Adriana Calcanhoto

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Dançar

A sala está totalmente escura. Apenas as cores do pc se reflectem na parede. Uma voz rouca junta-se aos acordes de Rodrigo Leão.

Ela dança. Sozinha. Sem ninguém. Está livre. É feliz.

domingo, dezembro 12, 2004

Entrevista ao jornalista António Granado

“Na educação os weblogs podem vir a ganhar mais importância”

António Granado é jornalista de Ciência do Público e autor do weblog “Ponto Media”, criado em Janeiro de 2001. Professor assistente convidado da licenciatura em Jornalismo na Universidade de Coimbra desde 96, foi também docente da mesma licenciatura durante um ano na Universidade Nova de Lisboa. É formador do curso de Jornalismo Digital no Cenjor. Actualmente em Leeds a fazer o doutoramento, assina uma coluna no Público de sábado e escreveu, em parceria com Elisabete Barbosa, um dos primeiros livros portugueses sobre weblogs : Weblogs – Diário de Bordo

1- Existem várias definições de weblog. Qual é a sua?
Um weblog é uma página web que é actualizada frequentemente e que tem entradas datadas que aparecem por ordem inversa à que foram escritas.

2- Porquê Diário de Bordo como pós-título para Weblogs?

O livro foi escrito a meias, totalmente na internet. Quando nos encontrámos pela primeira vez já o livro estava todo escrito. Andámos à procura de um título e pensámos em jogar com a palavra weblog. O log vem de diário de bordo dos barcos. Como é um livro introdutório achámos melhor chamar-lhe Diário de Bordo em pós-título porque, de alguma maneira, se relaciona com weblogs e dá ideia de um tema pequeno.

3- Qual a importância dos blogs na sociedade portuguesa?
Os weblogs tiveram um grande publicidade quando, no ínicio do ano passado, em Abril, o eurodeputado Pacheco Pereira, uma pessoa com muito espaço nos media, criou o seu próprio weblog. E, ao começar a falar sobre weblogs o fenómeno aumentou muito. Neste momento, os weblogs têm algum espaço nos media. Já se percebeu que, no que diz respeito a pessoas mediáticas, se pode ir buscar opiniões ao weblog. Mas são um fénomeno reduzido a uma faixa muito estreita da população, tendo tendência para aumentar.

4- A explosão da blogoesfera deu-se em momentos marcantes da história, como o 11 de Setembro ou a Guerra do Iraque. Considera que este facto está relacionado com a característica pessoal que os define?
Sim, tem a ver com essa característica pessoal: permitir a qualquer pessoa sem acesso aos media tradicionais publicar o que pensa. Resulta da vontade das pessoas darem a sua opinião sem estarem à espera dos media.

5 – Quais são os momentos mais importantes da evolução da blogoesfera no seu todo?
O momento mais importante terá sido a criação do blogger que permitiu às pessoas criarem weblogs. Havia pessoas que tinham um weblog, mas que não tinham uma ferramenta para a actualizar.

6- Considera que já existe uma comunidade de bloggers em Portugal?
Já existe uma comunidade considerável. Mas é preciso colocarmo-nos numa perspectiva de fora, olharmos para a sociedade portuguesa e vermos que há uma fatia muito estreita que tem weblogs ou que sabe o que é um weblog. Só a nata, uma camada muito estreita da população, é que tem direito a ter internet e pode dar-se ao luxo de actualizar o seu weblog em casa.

7 – No campo do jornalismo, como vê a interacção entre jornalistas e leitores através de blogs?
Acho que os weblogs são uma forma interessante de os jornalistas receberem feedback dos seus leitores. Se muitos jornalistas criarem weblogs é muito complicado saber se a empresa tem ou não direito de exigir exclusividade ao jornalista. E sem reflexão nenhuma, sem brainstorming, estas questões são complicadas. E sem essa reflexão tenho tendência a achar que os jornalistas não devem ter weblogs, apesar de contra mim falar. Por uma razão: quando esses weblogs podem competir com o seu trabalho. No meu entender a distinção entre weblog e jornal deve ser clara.

8 – Criou-se uma nova forma de jornalismo através de blogs?
Acho que o jornal ainda é uma coisa diferente. O que eu faço no meu weblog são chamadas de atenção. De vez em quando, há alguém que dá uma dica, mas não existe um blog noticioso. Ninguém está a competir para dar notícias.

9 – Considera que os órgãos de comunicação social deveriam ter blogs?
Eventualmente sim. De forma a que não prejudique o trabalho do jornal.

10- Os blogs jornalísticos tiram espaço aos jornais digitais?
Acho que é difícil tirar espaço aos jornais digitais devido à questão da credibilidade. Não é um weblog que tira espaço aos jornais digitais, é preciso um weblog que ganhe credibilidade. E para uma pessoa sozinha construir credibilidade é muito complicado, porque não tem a capacidade de um jornal.

11 – No sector da comunicação empresarial, os blogs são uma hipótese a considerar. Em que aspectos?
Uma empresa pode utilizar os weblogs para dar a conhecer aquilo que faz e, inclusivamente, servir como ponto de agregação de potenciais clientes. Outra hipótese é criar weblogs virados para a comunicação interna, para o seu funcionamento, onde toda a gente possa partilhar informação sobre a empresa, seus produtos e as empresas concorrentes.

12 – E na área da educação?
É uma área onde faz muita falta e onde penso que vamos ter a maior expansão. Os professores ainda não descobriram que os weblogs são uma ferramenta muito potente para a comunicação e, ao mesmo tempo, têm a vantagem de poder entusiasmar os alunos. Há várias maneiras de utilizar os weblogs. Os weblogs de professores, onde o professor se auto-organiza, discute com os colegas e faz trabalhos com os alunos. Os weblogs dos alunos podem servir para discutir temas, para serem avaliados pelo professor, para dar a conhecer o meio onde trabalham. Os weblogs trazem uma vantagem para os jornais escolares que muitas vezes não se fazem por causa dos custos, como plataforma gratuita de publicação na web que chega a muito mais gente.

13 – No seu livro fala de exemplos universitários. Fale-me um pouco dessas experiências.
A primeira experiência foi a da Universidade do Minho, onde criaram um weblog chamado “Jornalismo e Comunicação”, um dos principais nesta área, feito por alunos e professores de mestrado. Colocam links para histórias publicadas nos jornais e publicam estudos sobre os media. Depois há o jornalismo “Porto Net” que é um weblog conjunto da licenciatura em Jornalismo e em Comunicação da Universidade do Porto. Desse weblog surgiram weblogs satélites especializados, que se chamam de blogs jornais.

14 – Quais são as vantagens dos blogs no ensino, em especial no universitário?
Uma primeira vantagem: os alunos vêm que o seu trabalho não é uma coisa interna, só para consumo deles e do professor. Entendem aquele trabalho como algo que os outros podem ver e isso é importante. É importante que os alunos exponham os seus trabalhos e estejam sujeitos a críticas. Do ponto de vista do professor também é muito importante que esses trabalhos sejam colocados na web, porque isso faz com que o plágio seja menor. Depois, os weblogs podem ajudar as pessoas a organizar-se, porque é muito importante que as pessoas aprendam a escrever sem erros e o facto de escreverem num weblog fá-las ter mais cuidado.

15 - Os blogs tem inúmeras variantes: jornalismo, educação, comunicação empresarial. Qual é para si a mais importante?
Considero que são todas importantes. Provavelmente na educação, área pouco explorada, os weblogs podem vir a ganhar mais importância. É claro que são importantes weblogs especializados em diversas áreas, mas acho que é muito importante que as faculdades e as escolas secundárias apostem mais nessa área, na utilização dos weblogs como ferramenta na sala de aula.








Mesa

Espero que a minha mesa continue sempre assim. Grande, cheia de comida e amigos.
Gostava que a madeira da mesa, que nos acompanha há tantos anos, continue a testemunhar os mesmos risos, as mesma conversas que despontam gargalhadas, os mesmo assuntos...

Que venham amigos novos e se misturem com velhos. Para que os nossos abraços sejam de todos.
Quero que fiquemos apertados de tanto encostar as cadeiras à medida que os amigos vão chegando e se vão sentando.

Nos meus momentos mais felizes, penso que a mesa vai ser sempre o ponto de encontro. O lugar onde chegamos, nos tornamos próximos, e depois partimos com um até breve.

Por muito que as revoluções aconteçam, e que a nossa vida se torna ela própria numa revolução, eu estou cá. Na mesa. Com os vinhos. Com os sabores. Com a música. E com o cheiro (em pensamento) de outros dias bem passados.

A amizade essa é a ponte que nos liga uns aos outros.

sábado, dezembro 11, 2004

Triângulo

Somos as três partes de um triângulo.Quando uma parte não está parece que o triângulo não se segura, não faz sentido, não tem apoio.

Felizmente existe o pensamento, que não deixa nenhuma de fora.

Teremos sempre pontes a ligar os nossos vértices.

Este post é dedicado a C. e a R.

Palavras à solta...

Andam mais palvras à solta no fantástico mundo da blogoesfera.
Contamos a partir de agora com mais uma blogger.

Espero que os pensamentos se soltem por essas planícies fora....


PS: O link já está na coluna da esquerda.

Estado de Espírito X



posted by Carolina

Catch a star if you can
Wish for something special
Let it be me, my love is free
Sing a song to yourself
Think of someone listening
One melody, you're all for me

I'll write a symphony just for you and me
If you let me love you,
I'll paint a masterpiece
Just for you to see
If you let me love you, let me love you

Are you ready, are you ready for love
Yes I am
Are you, are you ready, are you ready for love
Yes I am
Are you, are you ready, are you ready for love

You're the one like the sun
Shine your love around me
You'll always be the one for me

Say the word and
I'll be there
Loving you forever
Don't let me go
Just say it's so

We'll hear the music ring from the mountain tops
To the valley below us
We'll serenade the world
With a lullaby so the angels will know us
Angels will know us

Elton John

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Descansar

Os dias passam a correr e não encontro tempo para fazer metade do que queria.

Ultimamente o nevoeiro tem coberto as minhas manhãs. Não consigo ver o tejo que tanto me consola.
O cheiro de dias mais calmos e alegres ainda não se sente. (Apesar de eu os tentar marcar no calendário).

Subo devagar as escadas de minha casa. Estou cansada. Carrego nos ombros alguns pesos.

A água do duche quente escorrega pelo meu corpo. Levo as mãos à cara , encosto a cabeça aos azulejos e fico parada por uns segundos. A querer ficar sempre assim quente.

Deito-me na cama, sorrio(já de olhos fechados) ao sentir o cheiro dos lençóis lavados. Lentamente encosto o meu rosto na almofada. Aninho-me na cama.

É altura de descansar.


segunda-feira, dezembro 06, 2004

História Antiga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.

Miguel Torga

domingo, dezembro 05, 2004

Alimentar ideias

Enquanto eu andava no meio das ruas coloridas e carregada de compras, embalada pelas músicas da quadra. A fila de pessoas na sopa dos pobres crescia...
No meio da felicidade e cor da época, levei um murro no estomâgo ao ver aquelas pessoas ali, assim. Não acredito no que a vida lhes fez! Pensei eu.

Não lhes fiquei indiferente. Os rostos continuaram na minha mente o resto do caminho. E assombram-me, mesmo, durante as minhas preces noturnas.

Hoje, senti o coração aliviado quando entreguei alimentos ao banco alimentar da luta contra a fome. Na minha cabeça os rostos multiplicavam-se.

Mais do que alimentar ideias, sonhos, estômagos, ou corações. É importante continuar alimentar a esperança de que um dia não sejam necessários Bancos Alimentares!

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Pois claro que fico chateado!

De um e-mail.

O que aconteceu foi que eu estava em Belém na inauguração da maior arvore de Natal da Europa, sim repito da Europa, porque nós quando fazemos as coisas é em grande, e virei-me para um turista que lá estava e disse-lhe: - Lá na tua terra não tens disto pois não? A maior da Europa, a MAIOR! E o gajo vem com uma conversa do género: Não sei quê, no meu país preferimos gastar dinheiro em outras coisas, por exemplo a evitar que rebentem condutas de agua, que levam ao abatimento do solo, e dessa forma prejudiquem milhares de pessoas... mais não sei que mais e o camandro! E eu, que até sou um gajo que é pá, tenho uma facilidade na exposição de argumentos, não me fiquei e disse-lhe logo: - A maior da Europa! Toma! Embrulha! E o gajo começa a falar que não sei quê, lá no país dele quando começa a chover as zonas ribeirinhas não ficam inundadas, e que talvez fosse melhor que, em vez da arvore, o dinheiro fosse canalizado para evitar essas situações. Eu comecei a enervar-me e disse-lhe logo: - Mau, tu queres ver que nos temos que chatear! Eu estou aqui a expor argumentos que é pá sim senhor, e tu vens com essa conversa de não sei quê. Eu nem quero começar a falar na feijoada em cima da ponte, nem no desfile de "pais natais", porque senão nem sabias onde te meteres pá. O gajo começa a falar de uma coisa qualquer, tipo túneis que são construídos e ficam a meio, e não sei que mais, e eu virei logo costas. Porque quando eu vejo estes gajos que não conseguem aceitar a superioridade de um país sobre o outro, e ainda falam, falam, falam, e não dizem nada de jeito, eu fico chateado, claro que fico chateado!!

AMOR

Fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa partede nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.o amor é ter medo e querer morrer.


In “A Criança Em Ruínas”, José Luís Peixoto

Let it snow

Oh the weather outside is frightful
But the fire is so delightful
And since we've no place to go
Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow!
It doesn't show signsof stopping
And I've bought some corn for popping
The lights are turned way down low
Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow!
When we finally kissgoodnight
How I'll hate going out in the storm!
But if you'll really hold me tight
All the way home I'll be warm
The fire is slowly dying
And, my dear, we're still goodbying
But as long as you love me so
Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow!

quinta-feira, dezembro 02, 2004

To do List:

- Ir buscar os bilhetes do Peter Pan à ticketline.
- Acabar de preparar a casa para a chegada do Natal.
- Acabar a lista de prendas de Natal a comprar (cada ano maior).
- Comprar postais de Natal da Unicef e escolher os postais electrónicos a enviar. - Responder aos e-mails (prometo que faço esta semana).
- Organizar o calendário de almoços e jantares próprios da época.
- Acabar os embrulhos.

Pensamentos

Aulas interminaveis.
Trabalhos chatos que não tenho a miníma vontade de fazer.
Prazos a cumprir, rigorosamente.

Trabalho, trabalho, trabalho....

Sorrisos amarelos no meio de conversas vazias.
Um último ano que passa depressa, mas que não acaba nunca....
Planos para fazer sobre objectivos que talvez? serão cumpridos.

Cansaço. Cansaço. Cansaço...

Uma nova etapa que espreita já ao fim desta.
Companhias que vou perder aos sábados. Sorrisos que vou deixar de ver.

Férias que espreitam mas, muito ao longe.

O Natal que me encanta, e me faz mergulhar na infância.

Compras. Compras. Compras...

Prendas antecipadas (Obrigada Sr. Presidente)

Pessoas de quem gosto, sempre perto.

Ufa.....

Finalmente!


Uma dúvida: E agora, vamos fazer piadas sobre quem?