A questão da Palestina.
Esta zona foi ocupada entre 65 a.C. e 135 d.C., tendo sido depois ocupada por muçulmanos, depois sofreu as cruzadas, e posteriormente foi ocupado pelo império Otomano até à I Guerra Mundial. Com a sua derrota, desapareceu o império e foi preciso re – organizar a Palestina e esta passou a ser uma espécie de colónia do Reino – Unido , era um protectorado britânico. Nesta altura tentou-se impor um estado israelita para subverter os muçulmanos.
Ao mesmo tempo, surge o sionismo, movimento nacionalista judaico que defendia um lar para os judeus, e acabou por assumir uma luta armada. Quem se opunha eram os árabes, o que desde sempre provocou conflitos.
Durante a II Guerra os judeus foram perseguidos e muitos milhões foram mortos, o que fez com que, depois da guerra as potências mundiais aceitaram a criação de um estado judaico, que ia na linha do movimento sionista.
Foram pensados vários locais, mas os judeus queriam na Palestina por uma razão histórica – a chamada “terra prometida”. E foi criado um estado judaico com o apoio da ONU.
A ONU apresentou em 1947, um projecto para dois estados: os judeus aceitaram a proposta e os árabes não, por não concordarem com os territórios que lhes eram atribuídos.
A 14 de Maio, estabelece-se o dia da independência de Israel, e logo no dia 15 começa a 1ª guerra, que é conhecida como a guerra da independência, na qual, Israel saiu vencedor.
Em 1956, surge um novo conflito devido à nacionalização do canal do Suez( que liga o mar vermelho ao mar Mediterrâneo), feita por Nasser do Egipto, e quem resistiu foram os israelitas, a França e a Grã – Bretanha que tinham empresas a controlar o canal. Com a vitória Israel, ocupa a Faixa de Gaza e a Península do Sinai.
Em 1967, surgiu outra guerra – a dos 6 dias, que altera a configuração do mapa da Palestina, que foi um exemplo de vitória militar, já que, antes da guerra Israel lançou uma campanha aérea sobre as bases dos países que se preparavam para atacar. Na eminência de um conflito atacaram antes de serem atacados. E ocuparam os Montes Golan, a Cisjordânia, a Jordânia Oriental, o resto da Faixa de Gaza, e o deserto do Sinai.
Ocupava os territórios que os palestinianos não quiseram e impôs a sua ordem. Os Montes Golan têm uma grande importância, pois, é de onde sai a água, que é um bem escasso na região, e para manter o acesso à água é essencial controlar esta área.
Em 1973, os árabes atacaram os judeus num dia festivo numa tentativa de tentar inverter o que aconteceu em 67, mas Israel saiu novamente vencedor. Facto que levou a que os preços do petróleo disparassem, dando origem a uma crise económica, levando assim ,as grandes potências a envolverem-se na resolução do problema.
É então em 78, que se assinam os acordos de paz, em Camp David, entre o Egipto e Israel, no qual, é devolvido o deserto do Sinai – há um esforço para a paz.
Deste modo, os EUA e a comunidade internacional intensificaram a pressão para resolver o problema, mas nunca apostaram na criação de um estado palestiniano, dando primazia à sobrevivência de Israel e à normalização das relações.
Israel definiu novos adversários: o Líbano ( no sul estava sediada a OLP, organização de libertação da Palestina), a OLP, e o Iraque ( em 81 descobriu e destruiu um reactor nuclear que estava a ser realizado com a ajuda dos franceses). Por isso, em 82, atacam o sul do Líbano para destruir a sede da OLP. E ocuparam o sul do Líbano, que por sua vez, contra os outros árabes, estabeleceu um acordo contra o terrorismo da OLP.
Em 1987, começa e intifada, que é a subversão palestiniana à ocupação judia nos territórios árabes desde 67. Como não têm com que combater esta “guerra” é feita com pedras, pois a disparidade de meios entre israelitas e palestinianos é muita.
A comunidade internacional procura relançar um processo de paz, através da Conferência de Madrid. Contudo há obstáculos à negociação, há a falta de um interluctor do estado palestiniano já que Israel se recusa a aceitar Arafat, há uma dificuldade porque as duas partes não se reconhecem mutuamente, mas acabaram por se reconhecerem para negociar em 93.
Os acordos de Oslo, são o segundo passo positivo na estabilidade do Médio – Oriente, depois de Camp David. Mas a OLP não podia ser reconhecida, e nasce a autoridade palestiniana e assume – se como um estado palestiniano independente, tem como objectivo o fim do terrorismo, e a recuperação dos territórios.
Entra-se num período de acalmia e em 94 Shimon Perez e Arafat recebem o Nobel da Paz.
Este período de acalmia é comprometido com a morte de Yitzhak Rabin . O líder israelita era muito prestigiado e estava a ser acusado de pró- árabe, e entraram no jogo as facções radicais dos dois lados. Estas facções não querem concepções, nem negociações com o adversário. O líder israelita foi morto por um fundamentalista judeu, o que comprometeu o processo de paz e trouxe o regresso do terrorismo.
Clinton tentou regressar às negociações mas não foi bem sucedido, pois, subiu a direita ao poder em Israel, e o terrorismo voltou a atacar.
No entanto, têm havido vários passos para a negociação de paz. No ano passado a Rússia, a U.E. e os EUA criaram um roteiro para o Médio – Oriente. Previa o fim dos atentados terroristas, a normalização da vida dos palestinianos, a reforma das instituições, o congelamento dos colonatos judeus, incluindo o crescimento natural das comunidades judaicas na Faixa de Gaza. Estabelece duas fases: até ao fim de 2003, teria de ser criada e aprovada uma Constituição palestiniana e o estabelecimento de fronteiras provisórias do estado de Israel e da Palestina. Em 2005, terão de se resolver as questões pendentes, como a delimitação definitiva das fronteiras da Palestina e Israel, e a criação de um estado palestiniano independente e viável ao lado de um estado de Israel seguro.
Há um esforço para solucionar o problema, apesar de o novo primeiro ministro Abu Mazen ser considerado um peão dos EUA, e os palestinianos preferem Arafat. O Ezebolah diz que se vai assistir a um novo conflito: os que querem e os que não querem negociar, dos dois lados do conflito. Este pode vir a ser um problema.
Os palestinianos vão aceitar menos do que o que tinha sido proposto em 1947, tudo para terem paz.