Coisas de miúda

"E pra começar eu só vou gostar De quem gosta de mim" Caetano Veloso

segunda-feira, novembro 29, 2004

O nosso lado...

Hoje estávamos quase todos no nosso lado. Naquele onde nos sentimos bem.
À medida que sabia que tinha de ir embora, e voltar para o lado de cá, a minha alegria ia desvanecendo.

Queria ficar por mais tempo. Queria ficar para sempre. Queria que os nossos dias tivessem sempre aqueles sorrisos, aqueles pensamentos, aqueles silêncios.

E, finalmente, tive de voltar.

www.sorryeverybody.com

Some of us — hopefully most of us — are trying to understand and appreciate the effect our recent election will have on you, the citizens of the rest of the world. As our so-called leaders redouble their efforts to screw you over, please remember that some of us — hopefully most of us — are truly, truly sorry. And we'll say we're sorry, even on the behalf of the ones who aren't.

Frase do dia

« Considero-me uma pequena celebridade»

Paula Coelho

Adeus pop-up



sábado, novembro 27, 2004

A minha amiga brasileira, feita através desta janelinha


Esta é a Anabelle!:)
posted by Carolina


A Tribute to Ana Cristina César. (Em Cantagalo, 30/10/2002.)

As bocas pretas do rio
Indagam solenemente – quem há de vir para aplacar a minha ira?

- Quem há de?
Desde que surgi, nasço sem vida.

Outra vez, era magia que instruía a porca miséria.
Agora? Fim e só. Daí, e nó, e tez, e se fez diferença, já fez.

Não estou nem aí pra dissoluçãodosujeitomoderno
Quero que aquela minha tese vá plantar favas e colher capim gordura
Só não quero morrer pastando, porque tem outras mortes mais fashion por aí pra serem morridas.

Tenho medo de envelhecer sem ter filhos.
Fazer o quê, quando todos os homens que passaram pela minha vida disseram que eu lhes daria filhos e depois foi-se a ver e era um gosto a sal.

Quanto de meu sal.

Se a minha boca falasse agora, diria palavras absurdamente duras
Inteiramente incongruentes e polidamente catastróficas.
Mas ela (a boca) não fala: ficou entreaberta para todo o sempre, num halo de estar,
Num ato de querer-se fechada para não ter que bocar.

Se todo o mundo pudesse entender o que diz minha boca no espasmo solitário
No esgar prolongado deo profundis jaculatórias sem palmas sem almas que se rezem

Não pretendo amordaçar o destino, mas nem tudo o que pintar eu assino
Porque a busca tem sido feia e má, como feios e maus são os tons de que se colorem as interrogações dos meus cabelos

Queria ter filhos para dizer a eles que sentados não nasceriam
Sentada eu ficaria para esperar mais, por mais, por mais que me doessem os glúteos e as ausências aguardadas, os olhos apartados.

Escrita efusiva, deixaria para os meus filhos o presente de minha escritura
Gravada a fogo persa sobre os tapetes da memória
Mal ajambrada nas estantes com seus tantos pergaminhos sem leitores.

Queria que alguém lesse o que trago.

O que indago é justamente: quem há de? Quede meus leitores que me amarariam tanto e nunca se iriam de mim?

Crash.

quinta-feira, novembro 25, 2004

Professor

Um dia destes andava a navegar pela blogoesfera, quando vejo, no Lembrar, um link para o Miniscente, atribuído ao meu professor de semiótica.

Fiquei eufórica com a descoberta, e não resisti a ir falar com o professor. Não estava à espera que ele estivesse interessado em ler ou meu blog, ou os dos meus colegas. Mas ele não só leu, como até fez um post para os alunos blogueiros.

É a primeira vez que tenho um professor a ler o blog. Agora vou ter atenção redobrada ao que escrevo. Para não ter gralhas nem erros...:)

Já sabem pessoal temos mais um leitor...






Conversa entre Bush e Condoleeza Rice

PS: Condoleeza Rice was the National Security Advisor.



George:
Condi! Nice to see you. What's happening?

Condi:
Sir, I have the report here about the new leader of China.

George:
Great. Lay it on me.

Condi:
Hu is the new leader of China.

George:
That's what I want to know.

Condi:
That's what I'm telling you.

George:
That's what I'm asking you. Who is the new leader of China?

Condi:
Yes.

George:
I mean the fellow's name.

Condi:
Hu.

George:
The guy in China.

Condi:
Hu.

George:
The new leader of China.

Condi:
Hu.

George:
The Chinaman!

Condi:
Hu is leading China.

George:
Now whaddya' asking me for?

Condi:
I'm telling you Hu is leading China.

George:
Well, I'm asking you. Who is leading China?

Condi:
That's the man's name.

George:
That's who's name?

Condi:
Yes.

George:
Will you or will you not tell me the name of the new leader of China?

Condi:
Yes, sir.

George:
Yassir? Yassir Arafat is in China? I thought he was in the Middle East.

Condi:
That's correct.

George:
Then who is in China?

Condi:
Yes, sir.

George:
Yassir is in China?

Condi:
No, sir.

George:
Then who is?

Condi:
Yes, sir.

George:
Yassir?

Condi:
No, sir.

George:
Look, Condi. I need to know the name of the new leader of China. Get me
the Secretary General of the U.N. on the phone.

Condi:
Kofi?

George:
No, thanks.

Condi:
You want Kofi?

George:
No.

Condi:
You don't want Kofi.

George:
No. But now that you mention it, I could use a glass of milk. And then
get me the U.N.

Condi:
Yes, sir.

George:
Not Yassir! The guy at the U.N.

Condi:
Kofi?

George:
Milk! Will you please make the call?

Condi:
And call who?

George:
Who is the guy at the U.N?

Condi:
Hu is the guy in China.

George:
Will you stay out of China?!

Condi:
Yes, sir.

George:
And stay out of the Middle East! Just get me the guy at the U.N.

Condi:
Kofi.

George:
All right! With cream and two sugars. Now get on the phone.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Maria Rita


Mr
posted by carolina


Encontros e Despedidas

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir


São os dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

Foi assim...

terça-feira, novembro 23, 2004

Natal ao sol

Caminho com um sorriso no rosto e bem disposta, apesar do frio, nas ruas lisboetas. Ansisosa pelo anoitecer para poder ver a cidade iluminada.
Sinto o cheiro das castanhas a bater-me no rosto.
Vejo as montras das lojas, e penso na conta bancária que gostava de ter para dar prendas a toda a gente.
Embalada pelo espírito consumista faço compras.

Este ano os sorrisos alegres que costumam habitar as ruas não estão lá. Ou melhor, até estão, mas transformaram-se em caras tristes. Caras preocupadas, com o dinheiro, com a prestação da casa, com a falta de prespectivas de futuro, com o desemprego...

No meio da minha ingénua felicidade natalícia, recordo imagens menos felizes de gente triste. Maltratada pela vida.
Essas imagens são a preto e branco, como as imagens do filme Diários de Che Guevara. Não há nada melhor do que outras imagens, para ilustrar essas mesmas imagens.

Lunes al sol é o melhor filme que retrata a vida de grande parte dos portugueses neste momento.

Porque o Natal não devia ser só em Dezembro. E porque a vida devia ser sempre ao sol.

segunda-feira, novembro 22, 2004

Silêncios do meu Desejo

E se um dia se revoltassem as sílabas?
E se a hipocrisia rasgasse as máscaras?
só no propósito de esquartejar as vontades
e renascer por entre corpos
putrefactos de sentir esta forma
este envolvimento de abandono
este sentir o acaso forçado
este desejo
Segregações que humedecem a terra
na esperança de que o verde seja mais verde
e o desespero
a prenhe ilusão de um jardim de miosótis.

Joaquim Colôa

domingo, novembro 21, 2004

Clientes satisfeitos «Coisas de Miúda»

Seja feliz. Seja um visitante Coisas-de-miúda. Veja os testemunhos.



«Hoje sou feliz. Tudo porque o "Coisas de Miúda" me fez compreender que mesmo passado tantos séculos ainda não há paz no mundo.

Por um lado, vocês dizem "'tá mal", né?, mas reparem que... ainda no outro dia, estava ali na França - a trabalhar, nas mãos de uma criança que de óculos com 9 diopterias que brincava à derrocada do Império Carolíngio (eu fazia de Carlos Magno) - e fiquei satisfeito porque lá na televisão daquela família davam notícias de um tal Senhor Arbusto e que diziam que ainda tenho trabalho hoje em dia.
Obrigado blog da miúda. Graças a ti, fiquei a saber que não vou para o desemprego e que ainda posso brincar muito às guerras»

Senhor Lego




«Graças ao «Coisas de Miúda», substitui os calendários de mulheres nuas da minha oficina por poemas de Pablo Neruda.

Identifico-me com ela porque também sou de esquerda. Sou contra o pacote laboral, contra o aumento do custo de vida, contra o código do trabalho, contra as afrontas aos trabalhadores, contra o governo, contra a diminuição dos salários reais, contra os aumentos, contra os ataques aos sistemas públicos da saúde e do ensino, contra a injustiça fiscal. Em resumo, sou contra.»


Playmobil




«Mudaste a minha vida, Carolina. Obrigado, «Coisas de Miúda». Viva o teu blog. Olha, estava aqui a pensar, chugár: não queres vir - bâibe - à próxima festa do Lux? Vamos para a noite, miúda. Hmm? Temos que saír um dia destes. Tsunc. Tsunc. Tsunc. Tsun-tsun-tsunc. All Aboard. Tsunc. Tsunc. Num mundo ideaaaaal.Ou se preferires, podemos discutir o orçamento num barzinho. Jóia.

Homem Não Identificado




«É. Graç'a Deus, bilógue dá Cárôliná fêiz um âno, né? E eu 'tá filiss.

Tem feito sucesso no Bráziu. E lá as pessoa' fica' bem contentchi, né? Com muita humiudádji, miúda ´tem qui contchinuá à trábalhá. Graç'a Deus, ela é á fávô dá páiss no mundo, né?, e eu acho qui isso é importântchi porque, ué, áis pessoa' djivia dá áis mãos e se unírr»


Jardel



«"Coisas de Miúda"? É um chique!»

José Castelo Branco



«Obrigado Carolina. Graças a blog da Carolina, hoje já sei o que é um blog. Até já pus um monitor de plasma e tudo no meu caixote. Agora já não sou uma info excluída. Vejam lá que no outro dia até criei uma pasta.»
Senhora da Limpeza

As Coisas da Miúda Carolina

Há cerca de um ano, dava eu os primeiro passos no mundo dos blogs, encontrei por acaso um chamado "Coisas de Miúda". "Coisas de Miúda"?!?

Ora deixa cá ver... - pensei.

Desperta a curiosidade, passei à fase da descoberta e senti desde logo uma grande cumplicidade e empatia pela "Miúda" por detrás do blog.

Quem seria? Alguém interessante, sem dúvida...

Toca a enviar um mail para saber mais!

Foi assim que "conheci" a Carolina por detrás da "Miúda", a Amiga, a Estudante, a Humorista, a Benfiquista, a Esquerdista, a Catequista, a Filha, etc, etc...

Gente interessante tem sempre várias dimensões e a Carolina é uma delas.

Daí em diante passei a ser um leitor assíduo da Carolina e hoje não dispenso uma visita diária ás "Coisas de Miúda", foste o primeiro "link" do 7 Meses, muitas vezes foste inspiração, noutras fonte de boa disposição, outras ainda fizeste-me pensar...

Parabéns "BlogSister" pelo 1º aninho das "Coisas de Miúda"!

Blogbrother

sábado, novembro 20, 2004

«Sim, o meu sonho é ter o "Carolina Remix" mas não o encontro no Kazaa»

Pois bem. Os seus problemas acabaram.


FAÇA AQUI O DÁ-ME LOAD DO «CAROLINA REMIX»


1. - Passar com o ratinho em cima de FAÇA AQUI O DÁ-ME LOAD

2. - Clicar com o dedinho na botaneca direita.

3. - Seleccionar a opçãozinha «Guardar destino como...» / «Save target as...»

4. - Seleccionar a pastinha para "adonde" se quer guardar a musiquinha

5. - Fazer o Dá-me Load

6. - Seleccionar abrir para ouvir

7. - Ouvir


Sérgio


Palavras

Está frio e sinto as palavras geladas que não chegam...
Preciso delas, muitas, todas, para te fazer sentir o quanto és especial e eterna, não só neste teu cantinho que já é de tanta gente mas no Meu mundo:)

A tua voz transborda pela janelinha que acolheste como tua mas que ofereceste a quem a quis...
Eu agarrei-a e devolvo-ta agora(só por um bocadinho!) para agradecer esse sorriso e carinho mágicos que não deixas faltar nunca...

És a calma, a gargalhada e a meninice que nos invade e nos faz querer mais de nós...
Obrigada por tudo aquilo que não consigo escrever aqui, e por tudo aquilo que sei que nunca conseguirei escrever em lado algum.

Que este anito sejam muitos mais, todos aqueles que testemunharão aquilo que eu sei mas que dizes sempre que não... vais vingar miúda, believe me:)

Gosto sempre mais um bocadinho de ti hoje do que
gostava ontem...
Obrigada por isso também...

Rafaela

As Coisas de Miúda

O Blog da Carolina completou um ano de existência. Estas coisas dos lapsos temporais são, como quase tudo, relativas, mas, para quem "bloga", um ano de desabafos virtuais é, asseguro, mesmo muito tempo.

O verdadeiro desafio para um Blogger não é criar um Blog. A prova é que eles despontam, às dezenas, como cogumelos, todos os dias. O verdadeiro desafio do Blogger é manter o Blog, com actualidade, com inteligência e com interesse. Parece uma frase feita, é certo, mas é a mais pura das verdades.

Tenho um especial carinho pelo Blog aniversariante. Foi, depois do "7 Meses" do meu amigo Zé Carlos, o segundo Blog que conheci, quando, aos olhos deslumbrados de um principiante, a Blogosfera era ainda um território por desbravar, nebuloso e imenso.Por isso, as "Coisas de Miúda" serviram também de inspiração para o meu próprio caderno de apontamentos virtual.

Admiro a sinceridade, a acutilância e a frescura que emana de cada Post escrito pela Carolina e, por isso, sou um leitor assíduo e atento das suas "Coisas de Miúda".

Parabéns, menina!

Jonas

quinta-feira, novembro 18, 2004

Coisa pequenina em bruto



posted by

O blog acontece há já um ano pelas mãos de Carolina. Mais do que um depósito de ideias, este blog tornou-se num porto seguro, como a dona. A menina que se esconde por detrás do blog é o sinonimo que confere ao real o detalhe e a importância das pequenas coisas.

Partir sem ter planos, voltar quando quero… A Carolina chegou para ficar, apesar de ela cismar que eu não vejo com olhos de ver o blog dela, que o acho pseudo etc. e tal. A verdade é que não. Acabo sempre por lá voltar…

A Carolina é uma pequena coisa em bruto. E o seu blog é disso exemplo. Qual manifestação irada anti-bush, um desabado dietético, um poema do Pablo Neruda, uma música cantada em sussurros debaixo dos lençóis: “Eu não sei dizer…”, os valores de Abril, o amor pelos pais que os braços não conseguem medir, o sorriso que é céu no branco de um rosto singular.

Catarina

ONE MORE YEAR! ONE MORE YEAR!

Parabéns

Grande C. sim senhora, um aninho de blog não é nada mau. Ainda por cima quando é reconhecido internacionalmente. Eu sei que, por vezes, é dificil postar com frequência e manter o blog actualizado porque nem sempre há tempo e paciência. E contigo é ainda mais dificil pois encontar o pc por entre baldes de Hagen Daz e pacotes vazios de pastéis de Belém não é tarefa fácil. Mas uma pergunta urge ser colocada no ar: Para quando uma bifana na roulotte para comemeorar o aniversário? Não??? Assim cheia de mostarda e a pingar... Pronto ok eu paro. Keep up the good work: ONE MORE YEAR! ONE MORE YEAR!

Pedro

O Primeiro Ano

Este é o primeiro ano do resto da vida deste blog....

Queridos Leitores,

Primeiro gostaria de vos dizer que já há uns dias que não vinha à internet. Tenho estado doente. Essa é a razão, pela qual, não tenho respondido a mails nem publicado no blog. Mas já estou melhor e volto em força!

Há um ano atrás estava em casa também doente (há algo de estranho nesta coincidência) e, li num jornal uma notícia sobre o boom dos blogs em Portugal. Foi então que percebi que já tinha ido a um blog, neste caso - o País Relativo. Onde tinha entrado uma vez por mero acaso.

E tudo começou aí...
Como não tinha mais nada para fazer e, estava cansada de estar em casa de pijama a ver tudo o que dava na televisão, criei o blog.
Assim, de um momento para o outro, tinha criado o blog! Eu que sou uma naba em matérias de informática e internet.

Na faculdade fiquei conhecida como a miúda do blog, através da célebre frase: Olhem eu tenho um blog! Primeiro riam-se. Depois perguntavam o que era. Eu respondia com um ar muito entusiasmado. E peguei o bicho a uma data de colegas.

Não sei porquê mas, senti-me verdadeiramente feliz por ter criado este espaço. E nunca mas mesmo nunca, pensei que durasse tanto tempo, nem que estabelesse contacto com tanta gente.

O Coisas de Miúda foi criado pura e simplesmente por curiosidade e espontaneidade. À medida que o tempo foi passando, dei-me conta que era aqui que me dava a conhecer. Era aqui que revelava o meu estado de espírito, as minhas ideias, o carinho e os afectos. E a nossa relação (a minha e a do blog) tornou-se um caso sério.
Escrevi sempre aqui aquilo que, verdadeiramente, sentia.

E é isso que quero continuar a fazer!

Obrigada pelo carinho que senti em todos os e-mails que recebi.
Obrigada por me lerem!

Carolina


PS: Já devem ter percebido a brincadeira que o Sérgio me fez:) Depois explico!





domingo, novembro 14, 2004

Kristallnacht

Nas noites de 9 e 10 de Novembro de 1938 escrevia-se uma das páginas mais negras da história.
Por toda a Alemanha e, nos territórios anexados, a população judia foi vítima de ataques e atentados. Cumpria-se o pogrom, organizado por Goebbels.
Pelo menos uma centena de judeus foram assassinados e largas centenas ficaram feridos; cerca de duas mil sinagogas foram incendiadas; perto de 8 mil lojas e escritórios propriedade de judeus foram pilhados e destruídos; cemitérios e escolas judaicas foram vandalizados; mais de 30 mil judeus foram presos e enviados para campos de concentração.

Apesar da humilhação e das restrições a judeus alemães, aquela noite, "declarou o início" do shoá (Holocausto).

A julgar pelos Checkpoints e pelo comprotamento colonialista na Palestina, não me parece que os judeus tenham apreendido muito com o Holocausto.

Constiasmaalergias

Ando doente. Vou fazer um esforço extra para o que escrevo ter sentido.

quinta-feira, novembro 11, 2004

Tudo sobre a minha Mãe

A minha mãe é a pessoa mais especial da minha vida. Juntamente com o meu pai, claro! Nem ela queria que fosse de outra maneira.

A minha mãe está sempre lá. Em todos os momentos. Em todas as ocasiões. Em todos as horas. Em todos os minutos. Em todos os segundos. Estando longe ou perto. Para ela a distância nunca importa, parece mesmo ter o dom da omnipresença.

A minha mãe ensinou-me tudo o que sei. É graças aos valores que os meus pais me transmitiram que hoje sou como sou.

A minha mãe sabe sempre o que eu penso, o que quero, o que gosto. É com se entrasse nos meus pensamentos. Com ela não preciso das palavras da comunicar. Há entre nós algo de muito forte que nos liga profundamente.

A minha mãe é a pessoa mais generosa que eu conheço!

A minha mãe tem um blog.

The Last Handshake


posted by carolina

It changes so fast, the world.
And for me it’s now absurd.
Things have got to the point that
I’ve stopped thinking about the fall.
Because, after all, from here, there’s nowhere to go.
And anyway, even in the park the trees are uprooted and gone.
And at times like these, it’s dangerous to go out in the streets.
The road is so wet.
Blood flows in the main artery.

Salman Masalha

Poesia & Vida

"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares, jornalista português, a propósito da perda de sua mãe, a poetisa Sophia de Mello-Breyner

quarta-feira, novembro 10, 2004

Ultimamente ando a postar muitas imagens...


Us of Canada


posted by carolina


terça-feira, novembro 09, 2004

Há 15 anos ninguém imaginava que na nova ordem internacional tivessemos esta capa!


Carolina

A nova ordem internacional


Carolina

Há 15 anos atrás caía o Muro de Berlim, e com ele o comunismo. O mundo entrava numa nova ordem internacional,- o fim da bipolaridade.
A Guerra Fria acabava (oficialmente). A Europa era novamente uma, e a Alemanha voltava às antigas fronteiras. Os cidadãos da Europa de Leste saíam das asas dos regimes comunistas, e entravam loucamente no mundo capitalista.
Assim que puderam ir à Alemanha Federal, os alemães de leste, devoraram os ícones do novo sistema. Nunca como naqueles primeiros dias se bebeu tanta coca-cola...
Os homens e mulheres que festejavam naquela noite não sabiam o que os esperava.

Naquela noite, e em muitas outras a seguir, era a esperança que lhes habitava o coração.

A realidade tornou-se bem diferente. O mundo não é um lugar pacífico, nem todos os povos vivem em paz e harmonia. E a desigualdade, ainda é, a palavra mais real de caracterizar o planeta.

Há 15 anos atrás eu tinha seis anos e estava a passar a limpo um conto para o jornal da escola - Hoje vou atravessar a noite a organizar uma entrevista para o jornal da faculdade.
(É engraçado ver, como há na vida um fio condutor... adiante...)

Muitos ds que se insurgiam, há 15 anos contra o muro da vergonha, hoje fecham os olhos ao muro de Israel.

Muitos corações perderam a espernaça num mundo melhor...

Foi uma boa ideia... Mas, a transição podia ter sido melhor!

Frases de ouro

"Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhorcom o povo da América Latina."George W. Bush, Jr.

"A grande maioria de nossas importações vem de fora do país."George W. Bush, Jr.

"Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos."George W. Bush, Jr"

O Holocausto foi um período obsceno na História da nossa nação. Quero dizer, na História deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi nesse século." George W. Bush, Jr. 15/09/95

"Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é 'estar preparado'."George W. Bush, Jr., 06/12/93

"Eu tenho feito bons julgamentos no passado. Eu tenho feito bons julgamentos no futuro."George W. Bush, Jr."

Eu não sou parte do problema. Eu sou Republicano." George W. Bush, Jr."

O futuro será melhor amanhã." George W. Bush, Jr.

"Nós vamos ter o povo americano melhor educado do mundo". George W. Bush, Jr., 11/09/97

"Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz." George W. Bush, Jr.

"Nós temos um firme compromisso com a NATO . Nós fazemos parte NATO. Nós temos um firme compromisso com a Europa. Nós fazemos parte da Europa."George W. Bush, Jr.

"Um número baixo de votantes é uma indicação de que menos pessoas estão avotar."George W. Bush, Jr.

"Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não."George W. Bush, Jr., 22/09/97

"Para a NASA, o espaço ainda é alta prioridade."GeorgeW. Bush, Jr

"O povo americano não quer saber de nenhuma declaração errada que GeorgeBush possa fazer ou não." George W. Bush, Jr.

"Não é a poluição que está a prejudicar o meio-ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso." George W. Bush, Jr.

"É tempo para a raça humana entrar no sistema solar."George W. Bush, Jr.

Estado de Espírito X


Aposto que nem o Bush sabia a quem apertava a mão!
Carolina

Eu bem disse que é tempo de virar a página!


Talking about a Revolution

Don't you know
They're talkin' about a revolution
It sounds like whisper
Don't you know
They're talkin' about a revolution
It sounds like whisper

While they're standing in the welfare lines
Crying at the doorsteps of those armies of salvation
Wasting time in the unemployment lines
Sitting around waiting for a promotion

Poor people gonna rise up
And get their share
Poor people gonna rise up
And take what's theirs

Don't you know
You better run...
Oh I said you betterRun
run
run...

Tracy Chapman

As preocupações socias de Reagan

Já aqui tinha falado sobre a administração Reagan. Não posso, por isso, deixar de destacar este texto do Público de segunda-feira, assinado por António Vilarigues.

Afinal quais foram as "grandes preocupações sociais" de Ronald Reagan, o presidente eleito por apenas 25% do eleitorado americano?
Antes de mais, o anti-comunismo militante. Que se traduziu, nos anos cinquenta, na denúncia de colegas e amigos da indústria cinematográfica perante a tristemente célebre "comissão de actividades anti americanas". Recorde-se que o PC dos EUA, até ao fim da guerra-fria, era proibido em 26 dos 50 estados da União e em doze havia pena de morte para quem dele fosse militante. Eles viram as suas vidas arruinadas. Reagan, um actor medíocre de filmes da chamada série B, viu-se guindado à ribalta. Nos anos 60 vamos encontrá-lo a apoiar a candidatura de extrema-direita à Casa Branca, personificada no senador racista Barry Golwater. Nos anos 70, já como governador do estado da Califórnia, empenha-se pessoalmente na tentativa de condenação à morte da militante negra e comunista Angela Davis. Será derrotado por um poderosíssimo movimento nacional e mundial em defesa da vida desta jovem. Mas não desistirá. Já como Presidente tentará, felizmente sem êxito, impedi-la de exercer a sua actividade de professora nas Universidades californianas. Nos anos 80, tripudiará sobre as leis que jurou respeitar e mandará às urtigas resoluções do Senado tudo para poder apoiar em armas e dinheiro os movimentos anticomunistas da América Latina. Foi o célebre escândalo Irão-Contras. Comprava armas às escondidas a um dos seus inimigos de eleição, o Irão. Para isso utilizou dinheiro proveniente de tráfico de droga, levado a cabo pela CIA entre outras, e de outras origens ainda mais escuras. Mas Ronald Reagan não sabia de nada, ou quase nada! E o seu conselheiro Oliver North, foi, como diz Chico Buarque na sua Ópera do Malandro, "preso e julgado culpado pela situação".

segunda-feira, novembro 08, 2004

We `ll always have Paris



Carolina

Tejo

Há alguém que fala enquanto caminha de um lado para o outro na sala. Primeiro os movimentos prendem a minha atenção. Depois tornam-se tão banais que desligo da conversa.

Lentamente saio daquele espaço pequeno, abafado, fechado, apertado... Demasiado apertado... É a água que me convida a sair. O nevoeiro mistura-se com a brisa matinal do rio. Se semicerrar os olhos quase que consigo ver o lado de lá.

É nessa imagem, digna de um quadro de Monet, que encontro o meu refúgio.

É aí que projecto os meus pensamentos mais felizes.

Nas minhas manhãs é o Tejo que me faz sonhar.

Curiosidades da Idade Média

Naquele tempo, a maioria das pessoas casavam-se no mês de Junho (início do Verão), porque, como tomavam o primeiro banho do ano em Maio, e em Junho, o cheiro ainda estava mais ou menos... (mais para menos.......-argh!!!) Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar bouquets de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí temos em Maio o "mês das noivas" e a origem do bouquet.

Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água (repara só que lindo!), vinham os outros homens da casa por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebés eram os últimos a tomar banho, portanto! Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebé lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos...

Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem: cães, gatos e outros animais de pequeno porte como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras...os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está a chover a cântaros" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs".

Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel. Aqueles que tinham dinheiro, possuíam "loiça" de estanho. Certos tipos de alimentos como o tomate, oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada - lembra-te que os hábitos higiénicos da época não eram lá grande coisa... Daí que durante muito tempo o tomate foi considerado como venenoso.

Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, por vezes, deixava o indivíduo "k.o."(numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho). Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro. (mai nada!) O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha (que linda ideia, não?!) por alguns dias (DIAS?!) e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo (na boa vida é o que é!) e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz Wake, de "acordar".

A Inglaterra é um país pequeno, e nunca houve espaço suficiente para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados ao ossário e, o túmulo era utilizad para outro infeliz (Pessoal, isto é Reciclagem!!). Por vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.

domingo, novembro 07, 2004

Tempo de virar a página...



Carolina

sexta-feira, novembro 05, 2004

Palestina

«Na palma da sua mão, onde os outros
desenharam as linhas de uma cela, aí
aprisionaram a história da sua vida.
E, filho da Arábia que sou, só posso
odiar um pássaro aprisionado.
De cada vez que me deres a tua mão,
eu apago uma linha, e solto
os pássaros.»

Salman Masalha, poeta palestiniano

Dias complicados...

Primeiro havia a esperança numa eleição não-Bush. Mas, logo depois veio o incomprensível- a eleição(porque só agora é que foi eleito).
Depois foi Arafat, que entrou em coma, morreu mas afinal não tinha morrido. Está de clarado morto cerebralmente, mas, depois já não está.
A crescentar a tudo isto, a semana foi pequena demais para fazer tudo o que tinha planeado. Quando me viro para o meu refúgio, nem sequer o meu Benfica me dá alegrias...

quinta-feira, novembro 04, 2004

Triste

Tenho andado triste estes últimos dias. Imagino que saibam porquê.
Vamos ver o que acontece nos próximos 4 anos.

Agora, preciso de uns dias para recuperar.
Até já!

quarta-feira, novembro 03, 2004

www.democracyforamerica.com

Martin Luther King, Jr. said, "Our lives begin to end the day we become silent about things that matter."
We will not be silent.
Thank you for everything you did for our cause in this election. But we are not stopping here. Governor Howard Dean, M.D.

More 4 years...

O suspense acabou.
A notícia que nos chega do outro lado do mundo não podia ser pior.
Não há muito a dizer. Os americanos fizeram a sua escolha. Agora vão ter de viver com essa escolha. Espero por isso, que no Ohio (estado que tem o maior número de desempregados desde que Bush chegou ao poder) ninguém se queixe do desemprego.

Confesso que nos últimos dias fiquei com alguma esperança na eleição de Kerry.
Perdi essa esperança esta madrugada. E perdi também a confiança no bom senso dos americanos.

segunda-feira, novembro 01, 2004

O mundo em suspenso...

Vi ontem, no fim do doclisboaII, o mundo segundo Bush.
O filme vem corroborar as teses de Michael Moore, e em alguns casos vai mesmo mais além.
No meio dos risos, que a figura e a inteligência de Bush me provocam, vejo que o mundo está numa situação muito complicada. É que os próximos 4 anos serão muito piores do que estes 4, uma vez que, Bush não poderá voltar a candidatar-se. Vai fazer, ainda mais, o que quiser...

Estou assim (ainda) esperançada na vitória de Kerry.

Enquanto isso o mundo permanece em suspenso...